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Dilma inaugura terminal de grãos do Maranhão, no Porto de Itaqui

10/08/2015 A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta segunda-feira (10) a primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no Porto do Itaqui, em São Luís. De acordo com o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, a localização do empreendimento é estratégica para a logística de escoamento da produção brasileira e ao mesmo tempo contribui para o desenvolvimento de uma nova fronteira agrícola no País. O Tegram recebeu investimentos de cerca de R$ 640 milhões, financiados por meio de bancos públicos.
"É um marco estratégico não só para o Maranhão, mas para o Brasil. Itaqui é um porto de influência de sete estados, o chamado corredor Centro-Norte, uma grande fronteira agrícola que se desenvolve. O Tegram reequilibra a questão entre onde são produzidos os grãos e para onde são escoados. Mais da metade da produção dos grãos do Brasil já é produzida na região Centro-Norte e quase 80% dessa produção ainda são escoados pelo portos do Sul e Sudeste", diz. O secretário-executivo de Políticas Portuárias da Secretaria de Portos da Presidência da República, Guilherme Penin, ressalta que o novo terminal de grãos faz parte dos esforços do governo de "levar o escoamento de grãos produzidos desde o paralelo 16 para o Norte - os estados do Mato Grosso, Tocantins, Piauí, oeste da Bahia, Maranhão e até o sul do Pará -, para ser escoado pelos portos da região norte do País. Potencializar os portos da região, aliviando também os portos de Santos e Paranaguá por onde, historicamente, essa produção é escoada", declarou. Movimentação Em julho, o Tegram começou a carregar navios de milho, poucos meses após iniciar a operação com soja, já batendo recordes. De meados de março, quando o terminal começou a operar em caráter de teste, ao início de julho, já embarcou 1,4 milhão de toneladas de soja em mais de 20 navios. Este volume, em apenas quatro meses, representa mais da metade do previsto para este primeiro ano da operação. Ted Lago explica que o novo terminal permitirá criar quase um milhão de novos hectares agricultáveis para grãos. "São áreas já desenvolvidas para outras culturas, que podem ser economicamente viáveis a partir da instalação do Tegram. Uma das estratégias que estamos desenvolvendo é a inclusão do pequeno e médio produtor rural no canal de exportação". Além disso, afirma ele, a localização do terminal encurta em sete dias a distância entre o produtor de grãos e os mercados europeu e americano. O Tegram conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. Com quatro armazéns, tem capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano; outros 5 milhões de toneladas serão acrescidos na segunda fase, quando o terminal terá mais um berço para atracação, com previsão de operar em 2017. Atualmente, recebe de 500 a 530 caminhões por dia, um movimento que deverá aumentar, em curto prazo, para até 800 veículos ao dia para descarregamento de cerca de 32 mil toneladas de grãos em oito tombadores de caminhões (dois em cada armazém). Desde o final de julho, esta estrutura conta com um ramal que liga o terminal à Ferrovia Norte-Sul, com capacidade para receber composições de até 80 vagões carregados com cerca de 7 mil toneladas. Quando estiver totalmente concluído (fases 1 e 2), o Tegram estima receber um fluxo anual de 220 navios, 900 trens (80% do volume) e 150 mil caminhões (20% do volume), com capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas. O Porto do Itaqui receberá investimentos federais, parte do Programa de Investimento em Logística 2015/2018 anunciado em junho. O programa vai licitar o uso de dois berços do porto, com previsão de R$ 509 milhões em investimentos, que darão ao local a capacidade de movimentar 2 milhões de toneladas/ano de celulose e 4,3 milhões de toneladas/ano em graneis minerais, uma elevação de 30% na movimentação de cargas. O investimento para o Porto do Itaqui contempla dois terminais, sendo um para celulose, com capacidade de movimentação de 2 milhões de toneladas/ano, e outro de graneis minerais, preferencialmente fertilizantes, com capacidade de movimentação de 4,3 milhões de toneladas/ano