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Indústria de fertilizantes deve ter queda neste ano, diz associação

16/07/2015

Representante dos misturadores de adubos ressalta dificuldades do produtor com câmbio e falta de custeio

O setor de fertilizantes deve terminar o ano com entrega menor que no ano passado. A expectativa é do diretor da Associação dos Misturadores de Adubo do Brasil (Ama Brasil), Carlos Florence. Segundo ele, o volume deve ficar em 31 milhões de toneladas. Em 2014, foram 32,2 milhões. "O ano é difícil. Vamos caminhar, mas está difícil", afirmou. Na avaliação dele, os estoques são suficientes para atender à demanda nacional, que deve ter alguma recuperação no segundo semestre. No entanto, não deve ser suficiente para compensar a queda na primeira metade do ano. De acordo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA), de janeiro a junho, a entrega de fertilizantes para o consumidor final caiu 9,6% em relação ao mesmo período no ano passado. O volume passou de 12,958 milhões para 11,712 milhões de toneladas. "Faltou custeio, o produtor ficou mais indeciso em relação ao plantio e o câmbio foi favorável para vender, mas para comprar ficou mais caro", disse Florence, lembrando que a produção nacional de fertilizantes é suficiente para atender a apenas 20% do consumo. Carlos Florence fez as declarações nesta quinta-feira (16/7), ao participar do Seminário Agricultura no Brasil: perspectivas e desafios. O evento, promovido pela FGV Projetos, ligada à Fundação Getúlio Vargas, discutiu o relatório da de projeções para o setor no país até 2024, feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).