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Oferta de feijão deve crescer em novembro devido ao preço favorável no plantio

28/09/2016 - Após um período de reduzida oferta de feijão e de forte aceleração nos preços, a leguminosa chegará em maior volume para os consumidores a partir da segunda quinzena de novembro. O preço elevado, que chegou a bater R$ 600 por saca no momento mais crítico da oferta, já está acomodado entre R$ 300 e R$ 350, dependendo do tipo e da qualidade do produto. Essa a avaliação de Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, de Curitiba. A queda dos preços se deu não tanto pela recuperação de oferta, mas por uma acomodação da demanda aos valores mais elevados do produto. Um dos efeitos dessa elevação de preços é que os produtores elevaram a área plantada neste verão, o que dá a possibilidade de uma reposição de oferta no final do ano. Produção maior e a tradicional demanda reduzida de feijão em dezembro farão com que os preços recuem ainda mais para os consumidores, pressionando menos a inflação. O consumidor, que chegou a pagar R$ 20 pelo quilo de feijão nos supermercados, paga atualmente de R$ 9 a R$ 12, segundo o analista. "Nas próximas semanas, o feijão não tem mais espaço para subir, devido à demanda que recuou, mas também não tem espaço para cair, devido à baixa oferta", diz Brandalizze. O mercado está sendo abastecido por produto vindo de regiões próximas ao Distrito Federal. A partir de novembro, chega ao mercado produto em maior quantidade e vindo de regiões tradicionais de produção no período de verão, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Quando a oferta desses Estados escassear, a partir do início do próximo ano, é a vez de os produtores mineiros elevarem a oferta com o produto vindo da chamada "safra das águas". Brandalizze afirma, no entanto, que o clima ainda preocupa. O feijão se encontra em várias fases de desenvolvimento, e um frio intenso ou um calor extremo pode prejudicar a leguminosa. Fonte: Folha de São Paulo