English

Cabotagem é um dos maiores desafios da logística no País, diz Kátia Abreu

19/08/2015 A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, defendeu nesta quarta-feira (19/8), a diminuição da burocracia e dos custos na cabotagem (navegação entre portos marítimos de um mesmo país). Segundo ela, ampliar esse transporte é um dos maiores desafios da logística brasileira. "Infelizmente o Estado brasileiro não teve a visão estratégica de nos acompanhar (agronegócio) com a logística e hoje a presidente Dilma tem se empenhado para resolver essas distorções", disse a ministra durante o 1º Workshop de Cabotagem realizado pela Frente Parlamentar Mista de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog). Kátia Abreu também argumentou que o Brasil precisa inverter a logística e criar um canal de escoamento pelo Norte. Ela explicou que, dentro dos custos, seria necessário criar uma isonomia entre o óleo combustível e o diesel(combustível mais comum no transporte rodoviário). Nos cálculos dela, essa isonomia reduziria os custos desse transporte em 18%.
A ministra também afirmou que a cobrança de taxas e inspeções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se justifica e propôs isentar toda a costa brasileira do Fundo da Marinha Mercante. "Do valor do frente de cabotagem, 10% vai para esse fundo", relatou. Para a ministra, um desafio a ser vencido também está naobrigatoriedade de ter uma tripulação mínima. "A lei brasileira manda que eu tenha uma tripulação mínima no navio mesmo que não precise dela. A imposição de contratação de mão de obra na iniciativa privada é fim dos tempos, temos de reverter isso. As agências têm função especialíssima nessa área e podem romper barreiras", argumentou. O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, também participou do evento e colocou à disposição de todos a infraestrutura de sua pasta para desenvolver projetos que possam impulsionar a cabotagem. "O incentivo à cabotagem, combinado com investimentos complementares é estimulo importante para a economia", disse. O senador Wellington Fagundes (PR/MT), presidente da Frenlog, observou que a costa brasileira é pouco utilizada e lembrou que a cabotagem representa apenas 10% do transporte de cargas no Brasil. "A cabotagem sofre com a falta de infraestrutura adequada e com burocracia anacrônica", observou.