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Clima deve definir preços dos futuros de milho e soja, avalia Rabobank

28/07/2015

Banco holandês acredita em cenário mais enxuto de estoques das duas commodities

O Rabobank projetou preço internacional médio de US$ 3,90 por bushel para o milho nos dois últimos trimestres do ano. Para a soja, a projeção é de US$ 9,90/bushel no terceiro trimestre e US$ 9,60/bushel no quarto trimestre de 2015. Já para o primeiro semestre de 2016, a expectativa é de cotação média de US$ 4/bushel para o milho e US$ 9,65/bushel para a soja. Para o milho, o banco atribuiu a estimativa à redução da projeção de estoques domésticos finais da safra 2014/2015 e menor diferença entre oferta e demanda nos EUA em 2015/2016. No início de julho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduziu sua estimativa de estoques domésticos finais de 1,876 bilhão de bushels (47,65 milhões de toneladas) para 1,779 bilhão de bushels (45,186 milhões de toneladas).
De acordo com a análise, a projeção pode, no entanto, variar facilmente dependendo do clima nos Estados Unidos nas próximas seis semanas. Se as condições climáticas mais favoráveis às lavouras do grão se mantiverem, poderá haver pressão sobre os preços. No entanto, as projeções de área plantada devem sofrer alterações ainda nos próximos meses. Para a soja, a instituição projetou estoques finais mais enxutos do que se previa no ciclo 2014/2015 e incerteza sobre a produtividade da safra 2015/2016. Segundo o Rabobank, uma área menor do que a esperada foi plantada e houve danos por excesso de chuvas nos Estados Unidos. Ainda assim, o banco prevê que os rendimentos da soja serão determinados principalmente pelo clima em julho e agosto e ainda têm potencial de exceder a projeção atual do banco, de 43,5 bushels/acre (2,92 toneladas/hectare). "Ainda vemos a possibilidade de os preços da soja caírem abaixo da nossa nova previsão de preço se os rendimentos nos EUA ficarem em 45 bushels/acre ou acima - especialmente porque especuladores detêm agora uma posição comprada substancial, que se choca com a melhora do clima e das condições de lavouras nos EUA", disse o banco. Além disso, a América do Sul está concorrendo de forma mais agressiva por negócios de soja em agosto e setembro, avançando sobre as vendas externas dos EUA, segundo o Rabobank.