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Greve de caminhoneiros pode afetar embarque de milho na Argentina

20/07/2016 - As exportações do milho da Argentina podem demorar mais nos próximos dias se produtores e caminhoneiros em greve não chegarem a um acordo sobre os preços de frete, de acordo com a organização que representa os exportadores de grãos do país. Motoristas iniciaram na segunda-feira uma interrupção no trabalho sem data para retornar, alegando que o pagamento que recebem para transportar milho, trigo e soja não acompanhou o ritmo da inflação anual de dois dígitos da Argentina. Exportadores têm estoque suficiente para manter as remessas internacionais operando por alguns dias, mas com negociações estagnadas e sem previsão de fim para o impasse, preocupações começaram a aumentar nesta terça-feira. O milho está no centro das atenções porque a colheita tem sido atrasada por conta de fortes chuvas no cinturão dos grãos nos Pampas, limitando os estoques. Bolsas de commodities locais esperam que o país colha de 27 milhões a 28 milhões de toneladas de milho neste ano, das quais apenas quase metade foi colhida até agora. Os caminhoneiros, alguns dos quais são representados pelo sindicato de transportadoras Catac, pediram um aumento de 31% nas tarifas. Eles alegam que um aumento tão acentuado é necessário para acompanhar os custos impulsionados por uma das maiores taxas de inflação do mundo. Fonte: Reuters