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Soja estende ganhos na Bolsa de Chicago nesta 6ª feira e busca patamar dos US$ 8,90 por bushel

22/01/2016 No pregão desta sexta-feira (22), os futuros da soja dão continuidade às altas registradas na sessão anterior e seguem operando em campo positivo na Bolsa de Chicago. Assim, as cotações subiam, por volta das 7h30 (horário de Brasília), entre 4,25 e 5,25 pontos nos principais vencimentos, com o agosto/16 já trabalhando com US$ 8,91 por bushel. Segundo explicam analistas internacionais, as commodities de uma forma geral, inclusive o petróleo - que sobe mais de 1% em Nova York e já retoma os US$ 30,00 por barril, encontraram espaço para uma recuperação com os investidores de volta à ponta compradora do mercado. Além da busca por um equilíbrio entre os preços, alguns dos fundamentos do mercado da soja ainda são bastante positivos e seguem oferecendo suporte aos preços. Entre eles, a demanda mundial forte e aquecida se mantém no radar dos traders - hoje serão atualizadas as vendas semanais para exportação dos EUA pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - e as especulações sobre a definição da nova safra da América do Sul e as condições climáticas para a conclusão desta temporada, principalmente no Brasil e na Argentina. O dólar encerrou os negócios desta quinta-feira (21) com o maior fechamento da história frente ao real em R$ 4,1655 e alta de 1,47%. O novo avanço da moeda aliado às novas altas registradas pelos futuros da soja na Bolsa de Chicago e mais os prêmios pagos nos portos ainda em patamares elevados mantêm o tripé para a formação dos valores pagos pela oleaginosa brasileira ainda bastante sustentado. Ao longo do dia, portanto, a pouca soja disponível chegou a bater nos R$ 87,50 por saca no porto de Rio Grande, para fechar o dia com a referência estável dos R$ 86,50. Enquanto isso, no terminal de Paranaguá, o último valor foi de R$ 84,00 por saca, também mantendo sua estabilidade. Ainda nesta quinta, a soja da nova safra encerrou os negócios com R$ 84,00 no porto gaúcho e R$ 81,50 no paranaense. Mesmo com preços bastante atrativos, tanto no interior do país quanto nos portos, as vendas, no entanto, seguem travadas no Brasil. O mercado brasileiro ainda vê os produtores bastante cautelosos e relutantes em concretizar novos negócios, pois eles ainda vêm incertezas fortes rondando sua nova safra. O clima tem imposto inúmeros desafios ao sojicultor brasileiro e ao mercado internacional, já que ambos ainda não podem afirmar o real tamanho da safra 2015/16. E da safra 2015/16, a oferta disponível é quase inexistente, o que leva os preços ainda mais elevados. Para França, a disputa pela soja brasileira deve continuar e se acentuar mais adiante, principalmente "se a indústria (brasileira) deixar". O consultor afirma que essa relação interna entre a oferta e a demanda vai depender muito da postura das esmagadoras e da sua participação nas compras, uma vez que, externamente, há forte procura e bons preços pelo produto brasileiro. Fonte: Notícias Agrícolas